ESPÉCIES NATIVAS

No plantio de mudas nativas, identificamos uma elevada taxa de mortalidade, aproximadamente 75%, devido às más condições das mudas. Isso decorre da desidratação e falta de substrato e nutrientes. Essa situação ocorre porque toda a tecnologia de reflorestamento foi desenvolvida para os biomas Mata Atlântica e Amazônia. Quando essa tecnologia é aplicada no Semiárido, especificamente no bioma Caatinga, não se obtém sucesso na sobrevivência das mudas, tornando o reflorestamento extremamente ineficaz.

As mudas tradicionais atualmente disponíveis no mercado apresentam bom desenvolvimento aéreo, mas possuem um sistema radicular reduzido, provavelmente em sacos com 20 cm de altura e uma volumetria de 1,5 litros (no máximo), sem rustificação. Dessa forma, essas mudas não são adequadas para um plantio eficiente. Esse problema pode ser minimizado com a irrigação, no entanto, os custos dessa operação são muito elevados, tornando-a economicamente inviável.

A imagem abaixo representa o PADRÃO DAS MUDAS TRADICIONAIS FORNECIDAS PELO MERCADO, onde a preocupação é com a aparência da parte aérea, sem levar em consideração a parte mais importante para a sobrevivência da muda, que é o sistema radicular e as reservas de nutrientes.

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PADRÃO DE MUDAS FORNECIDAS NO MERCADO

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Essa situação poderia ser evitada se fosse adotado o plantio de mudas cultivadas, preparadas e rustificadas para o plantio. A técnica utilizada envolve raízes alongadas com 1 metro, rustificadas e com idade de muda entre 6 a 8 meses, contidas em invólucro desenvolvido para sistemas radiculares de 7 litros de volumetria, com substrato apropriado em nutrientes. Nesse caso, observamos uma alta e excelente taxa de sobrevivência da muda, contribuindo assim significativamente para o paisagismo, valorização das espécies e redução de custos.

Essa técnica foi estudada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a qual apresentou excelentes resultados, sendo premiada pela ONU com o Prêmio Dryland Champions devido à sua capacidade de combater processos de desertificação. Ao plantar essas mudas durante o período chuvoso (janeiro a abril), não seria necessário realizar irrigação, resultando em uma diminuição dos custos de manutenção e/ou reposição das mudas.

A Palm Tree aprimorou essa técnica e tem utilizado mudas de raízes alongadas em seus projetos, onde a ênfase está na parte mais crucial para a sobrevivência da muda: o sistema radicular e a reserva de nutrientes.

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MUDAS DE RAÍZES ALONGADAS EM VIVEIRO.

Nosso objetivo é contribuir para o aprimoramento das técnicas de transplante de árvores e plantio de mudas exóticas e/ou nativas, utilizadas tanto em projetos de paisagismo quanto em ações de reflorestamento e recomposição vegetal. Buscamos otimizar recursos, promovendo a redução de custos e o aumento da taxa de sobrevivência das mudas, com benefícios ambientais e sociais.

A Associação Caatinga é uma organização da sociedade civil com a missão de promover a conservação das terras, florestas e águas da Caatinga para garantir a permanência de todas as suas formas de vida. Com 25 anos de atuação, a entidade trabalha na proteção e desenvolvimento sustentável da Caatinga, incluindo o estímulo à restauração florestal e à recuperação de áreas degradadas como uma de suas linhas de atuação.

A Associação Caatinga tem adotado mudas com raízes alongadas, visando aumentar a taxa de sobrevivência das mudas (média de 80%) sem a necessidade de irrigação, o que contribui para a redução dos custos com manutenção e reposição de mudas. Como executora do projeto Restaura Caatinga, em parceria com a VBIO e CELEO, a associação plantou cerca de 20 mil mudas de espécies nativas da Caatinga, com raízes alongadas em Crateús, CE, fornecidas pela Palm Tree.

É relevante destacar que, para a produção das mudas de raízes alongadas, a Associação Caatinga prioriza a aquisição de sementes de coletores previamente capacitados, impulsionando a cadeia produtiva da restauração florestal e gerando renda para esses coletores.

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A Palm Tree, empresa parceira da Associação Caatinga, aprimorou a técnica de raízes alongadas, produzindo mudas em escala, conforme as especificações adequadas para uma maior taxa de sobrevivência. As mudas são cultivadas em viveiros apropriados, utilizando invólucros desenvolvidos pela Palm Tree. Um diferencial importante é que a empresa atende a todas as exigências legais para a produção de mudas, possuindo no seu viveiro o registro RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas – MAPA), Licença Ambiental de Operação (SEMACE), Alvará de Funcionamento e Outorga de Água (COGERH).

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